quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

"É a Vida!" [20]

"...morrer é só não ser visto."
Fernando Pessoa


"É a Vida!" [19]


"...a observação consciente da morte do outro faz surgir o medo da própria morte, da minha morte pessoal."
Daniel Serrão

Constatar que o outro morre diz-me que também morrerei um dia!
Nasce assim na morte do outro, o medo da própria morte...


"É a Vida!" [18]


"O medo da morte é irracional. A razão humana diz-nos, a todos nós, que somos perecíveis, que vamos, um dia, deixar de existir como pessoas concretas com os pés bem assentes na terra tosca e a cabeça erguida para as estrelas rutilantes."
Daniel Serrão


Enquanto que o medo da cobra ou da doença é algo racionalmente inteligível e compreensível, o medo da morte é algo que se pode chamar de absurdo, dado que, tal como proferiu Daniel Serrão "...o horizonte natural da vida é como o ocaso do sol que desaparece na linha visível do horizonte oceânico..."


"É a Vida!" [17]


"Pai
Tenho medo de morrer depois da morte
Tenho medo de morrer antes da vida."

Daniel Faria


"É a Vida!" [16]

Aos 7 anos de idade, de uma forma geral, a criança é já capaz de olhar a morte como uma "viagem sem volta".
Em contrapartida, para os bebés a morte é sentida apenas como uma separação, dado que só a partir dos 4/7 meses é que começam a adquirir algumas adaptações à perda.

É importante conhecer a vinculação da criança com a pessoa que morre e as circunstâncias em que esta se deu (violenta?, súbita?)...
As reacções ao luto vão depender da etapa de desenvolvimento da criança e deve-se procurar ter sempre em consideração a importância das memórias.