terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Timidez


Sabem o que tenho pensado nos últimos tempos?
Na timidez...

Dizem que quando pensamos muito nas coisas que estas simplesmente deixam de existir...
Se pensamos muito no porque da dor, esta começa a deixar de fazer "sentido"...
Se pensamos muito no porque do amor, este começa a deixar de fazer "sentido"...
A realidade é que acho que há coisas que existem simplesmente para não se pensar nelas, há coisas que foram feitas para existirem no coração dos pequenos...

Assim e só assim, porque nos fazem sentir bem, sem razão alguma...

Tenho pensado na timidez porque gostava de entende-la...
Tenho muito dela em mim, e não me importo que perca o "sentido"...

Acho que esta só existe quando achamos que temos algo a perder, quando sentimos medo de que nos possam "estragar" alguma coisa...
E depois chego à conclusão de que tudo isto só existe quando está presente um sentimento de "importância", quando sentimos que possuímos algo muito valioso a guardar...

E afinal o que temos assim de tão valioso para guardar?
Se é valioso então que o partilhemos...

Podem nos estragar? Podem, mas ao fim ao cabo o que?
O que tenho assim de tão importante que não possa ser quebrado?


Acho tantas vezes que os pés são grandes, quando na realidade são bem pequenos...
E ainda bem que são assim...



A timidez não me deixa voar...
Quero libertar-me dela...

sábado, 26 de dezembro de 2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

Roubaram a liberdade...

Procurem...



Roubaram a liberdade...
Vinham de cabeça baixa e olhar baço...
Traziam um sorriso invertido...
E sem pensar uma única vez, levaram-na aos ombros, como um fardo pesado...

Não foram capazes sequer de a olhar...
Tinham dito: "No dia em que olhares para ela, não mais serás o mesmo, e se isso fizeres nunca serás capaz de a roubar e ela te tomará nos seus braços. Dizem que tem um poder sedutor"...

Roubaram-na...
E prenderam-na entre cordas da lei, entre obrigatoriedades, entre tanta coisa para fazer e tantas preocupações a pensar...

Exigiram dinheiro...
Mas este nunca foi válido...
Nunca a libertação da liberdade poderá ser paga...

Chegaram alguns a acreditar que ela era mesmo culpada...
Conseguiram torna-la inútil e sem importância...

Mas uma coisa se revelou aos olhos de todos...
Nunca mais se viram voos a grandes altitudes nem pessoas de sorriso não invertido...
Os corações se amarraram...


Roubaram-na e não mais a devolveram...
Mas livre será aquele que acreditar que nunca a liberdade poderá ser roubada...
Mas livre será aquele que nunca a considerar como morta...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Olha a tua volta e vê... afinal onde estão os velhos?


O mundo acha-se imortal...
O mundo acha que sempre viverá na juventude, e que nunca envelhecerá...
Velhos são sempre os outros...
O mundo acha-se dono dos elixires da juventude...

Desculpem o desabafo, mas estou farta de ouvir as pessoas que andam de autocarro a dizer: "Os velhos não sabem ficar em casa, vêm para aqui passear, e nós a precisarmos de lugar. Deviam era ficar quietinhos em casa com a sua mantinha e a ver os programas da TV"...

Isto rói-me...
Mas que raio temos nós na cabeça, para acharmos que a nossa saída, a nossa viagem de autocarro é mais válida que a de outra pessoa qualquer? Como somos capazes de achar a nossa existência mais válida que a de outro alguém?
Como é que podemos querer exigir luxo a algo que nos é "oferecido", e como podemos querer tornar nosso, algo, que é de todos?

Gosto muito das viagens de autocarro, a sério que sim...
Mas fico "raivosa" quando vejo a sociedade a conviver dentro daquele pequeno espaço (assim seriamos nós se nos pusessem em relação com todos, e não apenas com aqueles que escolhemos...)

Temos os olhos virados para dentro e estamos constantemente a acharmo-nos pessoas importantes...
Se agora chegasse aqui o Nicolau Copérnico a defender o Sol como centro do sistema, era logo reencaminhado para uma psiquiatria, porque centro, centro, só eu...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Pequenas coisas...


Hoje um rapaz abrigou-me no seu guarda-chuva, enquanto
esperava o autocarro, e dei por mim a ver o Reino de Deus a acontecer!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Apenas tudo...


Abbá, que bom que para mim já não és algo sobrenatural e te vais tornando tão natural, assim, tão parte de mim...

Assim, tão natural, que nem estranho estares sempre presente...

Que bom Abbá, por estares cada vez mais presente nos meus dias...
Que bom, que bom, que bom...

Não pares nunca de me limpar estes olhos e de tornares o meu coração repleto de coisas tão boas...

Obrigada Abbá, porque me permites experimentar-te de tal forma, que quando falo de ti, nunca vêm atrelado um "apenas"....
És tanto!!!

Sabes Bom Deus, dá-me sabedoria, faz-me sábia nas minhas palavras e mais do que nas palavras, no meu agir...
Torna-me capaz...
Serena-me...
Ouço-te constantemente a dizer-me, vai com calma...

És de tal forma tão entusiasmante e excitante que parece que contigo a calma não se diz...
Mas diz, eu sei que sim...
Quanto mais te vou conhecendo, vou aprendendo que também faz parte de ti a calma, o serenar este coração atribulado...

Serenar para que me possa sentir capaz de ir dando contigo os primeiros passos assim, passo a passo...



Obrigada Bom Deus, pelas mediações...
Por aquelas pessoas que te trazem pintado no coração, e te dizem, como só aqueles que realmente te experimentam sabem e podem dizer...
Obrigada por aqueles sorrisos envergonhados, de pessoa apaixonada, que nascem de gente tão bonita, quando fala de ti...

Quando for grande, quero ter muitos traços destes rostos, e que sejam eles a construir a minha face, e quando for velhinha, quero que as rugas que se fizerem notar, sejam as marcas de sorrisos agradecidos...

Obrigada por estarem comigo...





Quando reinas, quando és a coroa que nos faz vaidosos, tudo é tanto...

Obrigada, obrigada, obrigada...

domingo, 6 de dezembro de 2009

Hoje


...faz-me CAPAZ DE TI...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sinto-me bem pequenina, esmagada por entre os pés, de uma mentalidade longe da minha...