sexta-feira, 24 de junho de 2011

"É a Vida!" [2]

Aquilo que por aqui vou falar nos próximos tempos será mais virado para as ciências e não propriamente espiritual. Poderá numa altura ou noutra acontecer, o que será normal, mas quero que saibam que será centrado mais nas ciências...
É que em vez de guardar os meus apontamentos num ficheiro Word decidi vir para aqui escrever!


A Hannah deixou um comentário no texto anterior que dizia que a morte faz parte do processo natural. Acho que todos, ainda que por vezes tentemos negar o facto ou esquecer, sabemo-lo assim...
E sabemos também que o luto nos leva muitas vezes a refugiar-nos (tal como a Hannah referiu)...

Por isso hoje vou escrever sobre o SOFRIMENTO...

Quando uma pessoa passa por um processo de dor emaranha-se, por vezes, de tal maneira que se esquece que o SOFRIMENTO é uma coisa e que o EU é outra...

No SOFRIMENTO chegamos muitas vezes a acreditar que todo EU sou sofrimento e que não sobra mais nada!

É importante quando sofremos (seja por uma perda ou não) que aprendamos a pôr nomes às coisas e a exprimir os nossos sentimentos.

Aprender a colocar em palavras o que estamos a viver...

O SOFRIMENTO é algo necessário, natural e humano e a pessoa deve entender que tem direito a uma memória dolorosa, que ter memórias dolorosas faz parte do nosso crescimento/desenvolvimento humano. Precisamos muitas vezes de entender que sentimos dor porque amamos...

Quando sofremos devemos perguntar-nos: O que estou a fazer com a minha dor? Que parte deste meu SOFRIMENTO é inevitável e qual a parte dele que é evitável?

Podemos pensar: O que arruína um dia de campo? A chuva ou a atitude que tomo perante a chuva? Sabemos que não podemos fazer nada para que não chova, mas podemos viver o dia, tomar a decisão de viver o dia de outra maneira...