segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal



É mesmo bom nascer de novo!

Sorrio por saber que um dia nasceu um menino que fez a maior de todas as descobertas...
Sorrio por essa descoberta me recriar...


FELIZ NATAL

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Tu não páras....!?!?




É mesmo giro…

Quando pensamos que já não há muito mais para nos surpreender, aparecem uns quantos pequenos “pormenores” que nos trazem um montão de sentido…

Sem me dar conta…eu andava esquecida do Jesus…e só pensava em Deus como o AMOR que recria e nos transforma…

E claro…como poderia eu querer que a palavra AMOR, assim do nada, me surpreendesse? Como poderia eu querer que aquilo que já conheço me surpreendesse?

O ar que respiramos, desde o momento em que se juntaram umas pequenas partículas, pertence-nos e faz parte do planeta Terra, desde a sua formação…
O AMOR sempre existiu na fase da Terra…e acontece no momento em que duas ou mais partículas (os seres) se unem…

Um dia, alguém, apesar de já respirar ar tomou conhecimento da sua existência e das suas características…
Um dia, um homem chamado Jesus, apesar de o AMOR já existir à fase da Terra, tomou conhecimento da sua existência e das suas verdadeiras características…

Jesus fez uma grande descoberta…descoberta essa que agora nos vale sorrisos e milhões de experiências maravilhosas….

Aos poucos também eu vou descobrindo o AMOR verdadeiro…

Jesus ama…ama…ama…

Ama gratuitamente e sem nenhuma condição…

Mostra-nos um AMOR que nos abre os olhos (cura cegueiras) e nos põe a caminho (tira paralisias)…mostra-nos um AMOR que nos faz andar sobre o mar (sobre todos os problemas, maldades e monstrinhos que nós próprios criamos)…

Mostra-nos um AMOR que liberta…pois quem ama como Ele, possui uma força que não permite que as correntes se unam e se fechem…

Mostra-nos um AMOR que é sempre uma novidade…que cada dia nos faz respirar de uma forma nova e que nos permite sempre nascer de novo…

Mostra-nos um AMOR que está acima de qualquer lei…uma lei criada em função do AMOR e que não poderia ser mais justa…

Mostra-nos um AMOR que é justo…

E assim como Ele se mostra…como é possível que não nos encantemos?

Como “ousaram um dia dizer”…ele é o vértice…o ponto vital onde tudo se verifica…

Jesus é uma Boa Notícia para mim…
Jesus possui uma liberdade perante a rejeição e o sucesso…que O tornam tão bonito e tão invejável ao mesmo tempo…

Agora entendo que não tenho de andar em volta de Deus…mas sim em volta de Jesus que traz com Ele Deus…

Jesus foi humano e também ele teve de “trabalhar” para fazer a enorme descoberta de um AMOR assim…plenitude…

Nós…humanos…também pudemos ir descobrindo esse AMOR com a ajuda Dele…é possível…e não é utópico…




Já conheço alguns traços desse rosto simples que Tu tens Jesus…mas eu sei que existem muitos traços que eu ainda desconheço…

Por favor…continua a surpreender-me…
Por favor…não me escondas esse Teu rosto…o qual eu anseio conhecer cada vez mais a cada dia que passa…

Como bonito Te estás a tornar para mim!....
És uma Boa Notícia para mim…e que boa…e que notícia…

Porque é que Te sigo e porque é que Te quero levar comigo?
Porque quando se descobre uma coisa boa…normalmente não queremos mais largá-la...mas ao mesmo tempo não podemos guardá-la só para nós…

Porque é que Te considero uma coisa boa?
Olha…não sei…até agora foste quem mais me preencheu…se um dia encontrar alguma coisa que me consiga preencher mais que Tu…quem sabe se não Te deixo…mas duvido…e enquanto isso não acontece vou experimentando-Te com muita alegria…




Bendigamos ao Senhor,
Deus de toda a criação
Por nos ter oferecido o seu amor,
Sua bondade e Seu perdão e Sua fidelidade,
Para sempre, para sempre durará.

Enviados com poder, e em nome de Jesus,
A curar aos enfermos de sua dor
E aos cegos dar visão,
E aos pobres a verdade,
E aos presos e oprimidos liberdade.

O Espírito de Deus hoje está sobre mim
Ele me ungiu para proclamar
a boa nova aos mais pobres
a graça da sua redenção





(Nestes últimos dias…descobri coisas com mais sentido…quanto mais natural elas se vão tornando, mais bonitas se tornam ao nível do coração…possíveis e reais …

Eu nestes dias também fiz descobertas e tanta coisa desceu de nível e se tornou mais próximo…

Tanta coisa que gostava de vos mostrar...mas que ao mesmo tempo não encontro palavras para as conseguir descrever…

Só vós posso dizer mais que...estou feliz…pelas minhas descobertas…e pelo Jesus...)




sábado, 1 de dezembro de 2007

Preparativos...




-Quais vão ser os teus preparativos para o NATAL?

-Então...vou fazer o que é normal, o esperado, o que toda a gente faz...que pergunta mais ridícula...

- E o que é que vais fazer?

- Estás cá com cada pergunta...o que irei eu fazer? Olha vou para as ruas cheias de gente, para dentro dos shopping's comprar alguma coisita para os meus amigos e familiares...

- Coisita...que? Uma flor, uma lembrançazita?

- Sim claro...ao todo devo gastar uns...deixa cá ver...uns 700€. Deve rondar este valor, não penses que vou gastar mais...até porque nos tempos que correm não dá para gastar muito mais...

- Sabes, não quer dizer que eu não vá comprar alguma coisita para os meus amigos e familiares, este Natal, mas será alguma coisa como uma flor e pouco mais...este NATAL vou querer oferecer um sorriso, um abraço, uma palavra, a minha amizade...

E sabes? Tu vais gastar os teus 700€...eu vou gastar mais...


Mas será um gastar meu, de mim para os outros, não das lojas para os outros...não será algo material...

Acredito que irei receber muito...uma quantia em AMOR incalculável....

E os meus preparativos? Vou tentar construir-me como uma pessoa melhor, para dar aos outros ainda coisas melhores...para ser cada vez mais AMOR... vou me preparar para nascer de novo...(não que não o tente fazer ao longo de toda a minha vida, mas no NATAL vejo mais uma oportunidade...posso nascer e festejar o nascimento juntamente com Ele...)

Pensas que o meu NATAL não vai ser feliz? Experimenta...e depois vem falar comigo...

E em relação aos teus 700€ se olhares à tua volta, irás reparar que há sítios que apesar de as ruas estarem imensamente iluminadas, o NATAL por lá não anda...

Imagem: http://www.desenhosdacatequese.no.sapo.pt













terça-feira, 27 de novembro de 2007

Don't Worry, Be Happy!







Sabes…não sabendo sobre o que escrever, vou escrevendo…e escrevendo, vai nascendo uma necessidade de falar sobre algo…algo que até possa não ter importância, mas algo que seja meu…

Penso na vida…

Dá para falar tanto dela…

A vida é uma criança que se relaciona connosco, conforme nós nos relacionamos com ela.

Se nós a vemos como algo triste, que anda de saia rasgada arrastando-se por ai, a vida é assim…

Se nós a vemos como algo alegre, que anda de cabelo apanhado, sorrindo pelas ruas, a vida é assim…

A vida, embora por vezes possa ter momentos inesperados, os quais não podemos controlar (mas que não quer dizer que sejam maus), a vida é das poucas coisas que quem a define somos nós…

A cabeça pode complicá-la…e fá-lo tantas vezes…tantas que até merecia levar tau-tau.
Mas a cabeça também pode libertar…e assim a vida dança em nós e tudo acontece ao sabor do vento, a um sabor bom e agradável…

Estás aqui…
E agora?
Que queres fazer?

Vamos sentar-nos num sofá a roer as unhas pensando na vida e falando mal dela?
Ou vamos antes para o jardim, pegar numa flor, cheira-la e desenhar inúmeros caminhos por onde podemos ser felizes?

Para que é que vais ficar sentado a roer as unhas? Não ves que o único que fica a perder és tu?

Mas se fores para o jardim, saltar, rebolar e rodopiar, vais sentir prazer no que fazes e alegria pela vida...assim dás sentido e valor à tua estadia…
Quem perde? Ninguém…
Quem ganha? Tu e mais o outro e mais o outro e mais o outro…

No jardim há amor espalhado por todo o lado…só precisas de lá estar...

Vou fazer da minha vida um acontecimento feliz…





(ui, que isto hoje saiu muito colorido...:p)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Asas para que vos quero?


Recordo-me de quando andava no básico...
Aconteceu pelo menos duas vezes...

Lembro-me de um pequeno pássaro ter entrado por uma janela, da sala, onde eu me encontrava a ter aulas, esvoaçando...

O pequeno pássaro, dando-se conta de que não estava num bom local para ele (afinal de contas, não era o seu habitat) começou a dirigir-se para locais onde era possível ver-se o sol, começou à procura de saídas...

Como para o mundo dos pássaros os vidros são coisas desconhecidas e sem importância, e por isso mesmo, para eles, invisíveis, o delicado pássaro nos sítios onde existiam janelas (onde ele julgava não existir nada, apenas uma saída para o seu mundo), esbarrava-se e embatia fortemente contra os vidros.

Mas o mais engraçado é que com a grande vontade que ele possuía de se libertar, ele não se deixava ficar por ali…

Bateu pela primeira vez…caiu…levantou-se.

Bateu pela segunda…caiu…levantou-se.

Bateu, bateu…caiu e caiu…e levantou-se, até que depois de algum esforço conseguiu libertar-se para o mundo.

Lembro-me que até ele se ter conseguido "libertar", havia uma enorme algazarra, feita de risota e gargalhadas na sala de aula...

Ao lembrar-me deste episódio, dei-me conta de que nós, humanos, constantemente batemos contra janelas de vidro...mas, que ao mesmo tempo, agimos de uma maneira bem diferente da do pássaro...

Constantemente, deixamos as nossas asas apodrecerem.

Batemos uma vez (às vezes permitimos mais uma ou duas, não mais...), e depois de caídos, não nos levantamos mais...

Não nos levantamos, porque custa...porque acabamos por preferir o chão frio que nos espera depois da queda, ao sol radiante que por nós chama lá fora, só por preguiça...porque doeu e não queremos que doía mais...e também porque não queremos pôr nas nossas cabeças, que a dor é um sentimento como tantos outros, e que apenas precisamos de harmonizar com ela para que tudo seja mais fácil...

Fugir-lhe nunca foi solução, pois ela estará sempre connosco, mesmo se acabarmos por preferir ficar no chão frio…

Ouvimos por vezes, tal como houve naquele dia, naquela sala, risotas e gargalhadas quando insistimos em querer sair de um cubículo que nos prende...riem-se de nós por querermos ser livres...

Mas tu...não te deixes vencer por isso, e por nada...

Para que queres tu as tuas asas?

Não as deixes apodrecer…

Voa…e continua a voar…não pares...

Se queres chegar ao azul do céu, terás de superar as vertigens e as correntes de ar, tal como as poeiras que por lá andam…

E por favor…tenta não ficares tantas horas ao espelho olhando o teu bico achatado pelo embate no vidro…vais ver que um dia até te vai ser útil tê-lo assim…

Escrevo para ti…mas também para mim…

Aos poucos, vou tentando ser um pássaro cada vez mais livre...


Foto: Pedro Moreira http://www.olhares.com/pedroxm

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Prémio?!?!?!?



Pois é...hoje há prémio...

Pelo que parece, esta pequena nau foi premiada pelos seus "descobrimentos"... :D

Não merecia, porque ultimamente tem estado abarcada num canto e não tem feito grandes "descobertas... é uma marota...mas prontosss :P

Quem me premiou foi a minha amiga Ana, da beleza escondida!
Obrigada Anita :)

Agora sou eu que tenho que dar continuidade a esta corrente...
E por isso vou ter que premiar alguns blogs "solidários"...

Os "premiados" são:

Effathá
Viver Confiante
Mesmo Muito Nice

Não se esqueçam de seguir as condições dos prémios:

CONDIÇÕES ORIGINAIS Prémio Blog Solidário:
"Existen muchos premios y galardones con prestigio y solera a lo largo del planeta que se otorgan a personas que hayan resaltado por alguna técnica o actividad. Siguiendo la moda de los premios blogger en la blogosfera, he tenido la idea de hacer uno dedicado a los blogs que destacan o han destacado en alguna ocasión por su solidaridad con los demás, tanto a nivel general como individual. Creo que se merecen una especial distinción y debemos demostrarles nuestro agradecimiento y cariño en este mundo en el que corre mucho egoísmo e indiferencia. Además, gracias a estos blogs solidarios podemos promocionar una vez más la blogosfera. Las condiciones para otorgarlo son las siguientes:

1º Escribir un post mostrando el PREMIO y citar el nombre del blog que te lo regala y enlazarlo al post que te nombra. (De esta manera se podrá seguir la cadena).
2º Elegir un mínimo de 7 blogs que creas que se han destacado alguna vez por ayudar, apoyar y compartir. Poner sus nombres y los enlaces a ellos. (Avisarles).
3º Opcional. Exhibir el PREMIO con orgullo en tu blog haciendo enlace al post que escribes sobre él y lo otorgas a otros."






(Não fui muito fiel as condições...mas vocês...oh...olhem po que eu digo, não olhem po que eu faço...:P)




PS: Vou tentar por a nau a navegar...:P

domingo, 14 de outubro de 2007

Quantos dedos?



Por causa do vídeo estar legendado em espanhol e falado em inglês e poderem não entender, deixo aqui em baixo as "legendas" em português...:D


- Quantos dedos vês?
- Louco!
Para de me assustar dessa maneira!
- Quantos?
- Quatro.
- Quatro?! Quatro?!
Outro idiota.


- Posso entrar?
- Se poderes colocar um pé à frente do outro... não terás problema.
Se isto fosse sair no jornal, o título seria: "Miolo Mole Entra no Quarto."
- Os dedos...qual é a resposta?
- És um desses jovens geniais... que querem resposta para tudo, não é?
Bem-vindo à realidade.


- Quantos vês?
- Há quatro dedos.
- Não. Olha para mim.
Estás-te a concentrar no problema.
Assim, não podes ver a solução.
Nunca te concentres no problema.
Olha para mim.
Quantos vês?
Olha além dos dedos.
Quantos vês?
- Oito.
- Oito, oito. Sim. Oito é a resposta correcta.
Vê o que ninguém mais vê.
Vê o que todos preferem não ver... por medo, conformismo ou preguiça.
Vê um novo mundo cada dia.
Na verdade, já estás nesse caminho. Se só visses em mim um velho louco e amargo...nunca terias vindo.




PS: Este excerto é do filme "Patch Adams"...um excelente filme! FABULOSO :D

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Amor isolado


Talvez não entenda para já, e talvez vocês me possam ajudar, mas não entendo o que faz alguém que vive em clausura…muito menos entendo quando isso acontece com religiosas...

No Sábado (dia 16 de Setembro) veio na “Notícias Magazine”, a revista do “Jornal de Notícias”, um artigo sobre carmelitas que abdicaram de tudo para se dedicarem a uma existência de silêncio e oração (tal como lá diz).

Li o artigo e fiquei a pensar.

Lá uma das carmelitas diz que quando tinha dez anos o pai lhe explicou que “as irmãs não estavam isoladas mas a rezar pelas pessoas”.

Eu não sei, mas no meu pequeno crescimento que tenho até aqui, tenho percebido que rezar é uma maneira de falarmos com nós mesmos e descobrirmos no nosso mais íntimo o nosso melhor, aquilo que um dia Jesus nos ensinou através do Amor e que por vezes precisamos buscar pois nem sempre se encontra à superfície. Agora entendo que rezar não é uma máquina em que se põe uma moedinha e espera-se que saia o brinde esperado, ou um poço para onde deitamos todas as nossas esperanças, sem nada fazermos para que algo se realize ou mude em nós…

E o que faz então alguém a rezar pelos outros? Passar uma Vida à espera que os outros mudem, através de orações, em clausura, penso que nunca trará alterações para o mundo e para os que nele habitam…

Podem elas mudar-se a si próprias? Acredito que sim…pensar sobre a nossa Vida e os nossos actos e opções penso que nos faz muito bem…ter aqueles momentos de silêncio tão especiais fazem bem com certeza…mas uma Vida em silêncio? Sem vir ao Sol gritar para que os outros sejam mais e ajudar quem precisa para ser feliz?

É por causa destas razões que não compreendo…dizem-se em clausura por Amor…mas o Amor não se faz sozinho…tem de ser sempre para o outro e com o outro...para se fazer algo pelo Amor tem que se o pôr em prática cá fora…não será assim?

E reparei numa frase que uma das carmelitas disse, que me mostrou que o Deus do antigo testamento ainda anda por aí…ela disse assim: “Vejo a oração como um banco. Deus é esse banco e nós depositamos nele aquilo que vivemos, aquilo que lhe oferecemos, e Ele deposita onde for mais necessário. É por aí que chegamos ao mundo inteiro”…mas como? Deus não é uma cegonha voadora que anda pelo mundo inteiro a distribuir bens (que as carmelitas lhe dão) a quem mais precisa...

O Amor é Amor…é e não precisa de nada para sê-lo…e a distribuição cabe-nos a nós fazê-la…

A mãe de uma das carmelitas diz que a filha lhe dizia que “lá fora, quem faz voluntariado, fala de Deus às pessoas e que elas no Carmelo, em oração, falavam das pessoas a Deus”…uma vez mais me pergunto…que importância tem falar das pessoas ao Amor? Falar de Amor às pessoas para que elas o possam conhecer em verdade, e o possam praticar e levar aos outros, penso que tem sentido e pode fazer a diferença...mas falar das pessoas ao Amor, não consigo entender qual o sentido e que diferença poderá fazer…

Dizem que vivem em comunidade…mas é uma comunidade fechada...um circulo fechado…
Dizem que são felizes…mas para mim, talvez seja uma opção de vida egoísta…

Sinceramente, não compreendo lá muito bem...que tipo de Amor é este...



Ps: Desculpem este tempo todo que demorei a voltar a esta nau…não foi falta de tempo...foi falta de inspiração...:P

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Um médico diferente...


Certo dia, numa aldeia muito próxima, até mais próxima do que nós conseguimos imaginar, existia um médico que era muito respeitado pelos habitantes e pelos seus pacientes. No entanto, ele impunha-se de uma maneira que fazia todos aqueles que com ele se encontravam, sentirem-se retraídos e sempre com medo de não agirem ou de não responderem como ele queria...

Na aldeia o ar encontrava-se sempre pesado porque as pessoas não eram livres para pensarem como queriam ou agir como achavam ser o melhor...pois tudo o que faziam tinha que ser às ordens do médico dado o respeito que tinham por ele.
Ele é que mandava nas vidas pessoais de cada um, pois deviam-lhe isso por tudo aquilo que ele tinha feito por eles...

Ao dizer isto, talvez fiquem a pensar que o povo não gostava dele, mas não, bem pelo contrário, apreciavam bastante o seu estatuto social (pois estava bem lá no alto) e adoravam-no porque ele sempre os salvava de tudo...
A população nem tinha que fazer nada quando estava em perigo, bastava falar com ele e tudo se resolvia...por vezes até fazia o papel do presidente da aldeia...

Até que chegou o dia em que este doutor teve que ir para a reforma...estava já bastante velho e não podia já aguentar um trabalho árduo diário...

Foi então que chegou um outro médico à aldeia…
Chamava-se Abba…
Na sua maleta de médico apenas trazia um coração que por dentro dizia amor...
Não se instalou no consultório que o esperava. Deixou apenas o contacto com todos os da aldeia e disse-lhes que caso precisassem dele era só ligarem...ele estava disponível para todos, bastava eles quererem que ele ia ao encontro deles...

Logo ao princípio todos estranharam o facto de ele só trazer na sua maleta, aquele coração tão simples e pequenino...mas logo imaginaram que ele devia era ser muito melhor que o outro médico (pois assim o esperavam) e que o resto, como era muito e sofisticado, viria mais tarde, talvez numa carruagem ou até mesmo de comboio...

Todos os aldeãos, muito sorriam para ele...pois pensavam que ele iria ser no seu modo de agir como o doutor anterior; só que melhor...e então queriam ganhar a sua simpatia para que depois os seus pedidos fossem ouvidos...

Mas não...

Abba era diferente e aos poucos eles foram entendendo que nada mais viria para além daquele coração...
Aos poucos foram percebendo que ele não iria ser como o outro doutor, nem melhor (pelo menos como eles esperavam)...

Ele era realmente diferente...
Não receitava qualquer tipo de medicamento...apenas distribuía um quadradinho do seu coração (o qual, muitos, logo depois o deitavam para o chão e o desfaziam em mil bocados) e indicava o caminho que eles poderiam seguir para se curarem...mas eles não gostavam das coisas assim, o que eles procuravam era que ele fosse como o outro doutor e que lhes tratasse dos males da alma no instante preciso e não que os obrigasse a "trabalhar" para se curarem...

Chamavam-lhe de fraco e de impostor...que não era um médico de verdade nem que trazia as curas para os seus males...não lhes fazia plim plim plim aos problemas da vida...e isso eles detestavam…

No entanto existia um grupo de aldeãos que não pensava como todos os outros...
Era um grupo que estava aberto às novidades, e o facto de aquele médico ser diferente, fê-los querer entender o seu modo de agir e conhecê-lo melhor...
Perceberam que a única maneira de cada um se curar é cada um procurar a sua cura, nunca esperando que alguém a dê...
Por vezes, até existiam males que não se viam, e que a única maneira de os procurar para, futuramente, os curar era no silêncio...
Eles foram descobrindo que para se ter a felicidade cada um tem que se mexer e não ficar num cantinho sentado...para se ser feliz cada um tem que buscar o outro e viver com o outro...viver em comunidade e em constante encontro com o outro...
Por vezes também lhes foi difícil entender certos gestos de Abba, mas foram pacientes e aos poucos foram descobrindo o que de belo cada gesto seu trazia...


Estes foram os que sobraram para contar a história…eles foram os que fizeram com que Abba não morresse...eles foram os que foram fiéis...
Também eu quero ser como eles, e confiar neste “médico” Abba...!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Era uma vez...


Continuo aqui no blog o desafio que o meu amigo Rui me propôs...
Continuar um Caminho de Luz Pascal...



Era uma vez...

Era uma vez uma vela...

Era uma vez, uma vela de cera, decorada por toda a parte, toda brilhante e bem composta...

Era uma vez, uma vela, que vivia num quarto escuro, numa completa escuridão, e que por escolha dela, só se via a ela própria...

Era uma vez, uma vela, que possuía o umbigo maior do mundo e uns braços que só conseguiam abraçar uma única coisa...ela própria, e que nunca abraçavam mais ninguém...

Era uma vez, uma vela, que não gostava de brilhar, pois iluminar era algo que implicava ter de sair do seu cantinho escuro, do seu mundinho…

Era uma vez, uma vela, que estava tão bem com ela própria que nem reparava que existiam muitas coisas e pessoas a precisarem dela…

Era uma vez, uma vela, onde cresceu o ódio, a guerra, o egoísmo, uma vida sem objectivos…

Era uma vez, uma vela, que não sabia o que perdia por não se deixar inflamar para poder ver o que existia naquele quarto escuro...

Era uma vez, uma vela acesa, que surgiu a esta outra vela...

Era uma vez, uma vela acesa, que tentou acender esta apagada...

Era uma vez, uma vela acesa, que fracassou, pois a outra vela não estava receptível para receber aquela luz...

Era uma vez, uma vela acesa, persistente, que continuou a espera do momento certo para ensinar a outra vela a brilhar...

Era uma vez, uma vela acesa, que finalmente conseguiu inflamar a outra vela...

Era uma vez, uma vela, que estava apagada e que se acendeu...

Era uma vez, esta vela, agora acesa, que ficou maravilhada com o quarto que a rodeava...

Era uma vez, esta vela, que não se queria apagar, mas que tinha medo de ir ficando cada vez mais pequenina dado a sua cera estar a derreter-se aos poucos...

Era uma vez, esta vela, que cada vez mais ia aprendendo a ser pequenina e a viver como pequena...

Era uma vez, esta vela que iluminou muitas vidas...

Era uma vez, esta história que agora se fez...


Era uma vez, uma vela que era eu...
Era uma vez, uma vela que eras tu...
Era uma vez, umas velas que eramos nós...
Era uma vez, um mundo mais iluminado...
Era uma vez, esta história, onde todas as velas, desde que descobriram que Ele ressuscitou e que está vivo se deixaram acender, passaram a encostar-se umas às outras para passar está grande mensagem: ser Luz no Mundo e para todos...
Era uma vez, estas mesmas velas que nunca se deixaram apagar pelos ventos fortes que sopram de cima...


Era uma vez...



Convido a minha amiga Ana a continuar este desafio...


sexta-feira, 20 de abril de 2007

Voluntariado


Este texto que se segue, eu escrevi-o uma vez para um trabalho da escola...
É pena que infelizmente já não possa realizar o voluntariado como antes...
Agora só de longe a longe devido ao facto de terem surgido ao longo dos tempos alguns inconvenientes...


As manhãs de domingo começam cedo e, por vezes, a vontade de sair da cama é pouca, mas o desejo de ir fazer voluntariado supera a preguiça. Levanto-me e vou tomar o pequeno-almoço e, depois disso, preparo-me para sair de casa.

A minha mãe dispõe-se para me levar até à igreja de Gueifães, que é o ponto de encontro. Espero alguns minutos até que a minha boleia chega para me levar até ao Hospital de São João. No carro, geralmente, vão duas senhoras com idades compreendidas entre os 40 e 50 anos, duas jovens com 20 e tal anos e eu.

Pelo caminho, a conversa é indispensável e, na maioria das vezes, há gargalhadas e muitos sorrisos.

Quando chegamos ao Hospital, esperamos que alguém nos abra a cancela para podermos estacionar o carro com mais segurança no parque.

Entramos no edifício e percorremos imensos corredores, subimos de elevador, até que chegamos ao piso nove, onde se situa a capela e onde todos os voluntários se encontram para distribuir tarefas, ou melhor dizendo, para distribuir mais ou menos quatro pessoas por cada piso, para ajudar a levar os doentes que desejam assistir à celebração.

Como seria mais ou menos de esperar, há poucos jovens dispostos a fazer voluntariado, o que é pena. Acho que estes jovens fazem falta, pois como todos sabem, as pessoas mais idosas adoram sentir-se rodeadas de gente nova, pois são sinal de alegria, fazendo esquecer um pouco a dor e o desânimo.

Agora que já está tudo em ordem para começar, temos mais ou menos uma hora para convidar e trazer os idosos para a capela, pois a celebração começa as onze horas. Vamos de elevador, ou então pelas escadas, até ao piso que nos ficou destinado.

O cheiro que se sente nos corredores já é algo a que me habituei e, penso que todos os que lá trabalham ou que, tal como eu, vão fazer voluntariado, também já se habituaram a ele. Este cheiro por incrível que pareça, a meu ver, transmite claramente a ideia de doença, dor e até sofrimento. Não é como aquele cheiro que as pessoas se queixam dos hospitais, que a mim só me faz lembrar material esterilizado; é um cheiro bem mais forte e que, por vezes, chega a ser incomodativo.

Antes de começarmos, pedimos autorização aos enfermeiros do piso se podemos convidar os doentes a ir à capela. Depois da permissão dada, vamos de quarto em quarto a perguntar aos doentes se pretendem ir assistir à celebração. Por vezes, temos de esperar para poder perguntar, pois quando a porta do quarto está fechada, é sinal de que estão a fazer tratamento a um ou a mais doentes e então voltamos no final. Depois, nos quartos, deparamo-nos com vários casos: alguns doentes encontram-se a dormir; outros fazem que estão a dormir, para que não lhe perguntemos se desejam vir à capela; outros não podem porque estão à espera da família ou estão à espera da enfermeira para lhes vir dar banho, ou ainda à espera do médico para fazer tratamento; e depois há os que querem ir. Se estão de cama ou se precisam de uma cadeira de rodas, se tem uma botija de oxigénio ou se estão com soro, isso não é obstáculo. É obrigatório preencher uma ficha para cada doente que levamos à celebração para o caso de acontecer algo inesperado com o doente. Nessa ficha, temos de escrever a data, o nome do/a doente, o número da cama e do quarto e, se necessário, também existe um espaço para observações.

Depois chega a altura em que temos de confirmar com os enfermeiros se tal pessoa de determinado quarto pode sair, de acordo com o seu estado de saúde. Por vezes, os enfermeiros dizem-nos que não e quando transmitimos essa informação aos doentes, eles ficam tristes, chegando mesmo a cair lágrimas enfraquecidas pela face abaixo. Agora, ou saímos do quarto do doente deprimidos por não termos conseguido mudar a sua feição do rosto, ou então saímos de lá contentes por termos transformado lágrimas em sorrisos.

Depois de todas as autorizações dadas e das cadeiras e camas, se necessárias, estarem em ordem, seguimos com os doentes para a capela. Na entrada, entregam a folha dominical e, se necessário, existem cobertores para os doentes mais friorentos. As cadeiras ficam na fila da frente, as camas nos corredores dos lados, e os doentes que vão pelo seu próprio pé ficam sentados nos bancos da assembleia, onde os voluntários também se vão sentar e onde também se encontra o coro e elementos da família.

Durante toda a celebração, nós, os voluntários, estamos sempre em alerta para com os doentes de que estamos responsáveis. Se achamos que não estão bem, perguntamos se precisam de alguma coisa e, se necessário, levamo-los para fora da capela directamente para a enfermaria; no caso de alguém perder os sentidos, existe ao fundo da capela uma maca e uma cadeira de rodas. Os doentes que conseguem andar pelo seu próprio pé, as vezes, são convidados a participar no ofertório.

Quando termina a celebração, a prioridade para os elevadores é dos doentes que estão de pé, pois podem enfraquecer mais facilmente; depois as camas e as cadeiras de rodas.

Existe uma grande diferença nos doentes depois de saírem da capela: alguns já sentem mais força para lutar e uma alegria invade os seus rostos; outros também transmitem alguma alegria, mas vão mais calados pelo caminho até ao quarto, pois estão pensativos.

Deixamos cada doente no seu quarto e na sua respectiva cama. Desejamos-lhes as melhoras e que tenham um bom domingo e, depois, vem o gesto e a palavra mágica, pelo o qual não deixo de fazer isto: o OBRIGADO/A e o sorriso estampado e mais fortalecido.

sábado, 14 de abril de 2007

Quem faz deslizar também desliza...


Hoje vou pôr uma pequena "graça"...

Uma pequena comparação deste vídeo com a nossa vida:

É muito bom sermos a peça que desliza, mas melhor ainda é sermos a "vassourinha" que vai à frente limpando o caminho...
Se repararmos bem a "vassourinha" também anda...faz 2em1....:D

Isto tudo porque num encontro tive que agradecer à pessoa que estava ao meu lado direito...e foi pegando no exemplo deste jogo que lhe agradeci...pois essa pessoa muitas vezes ajuda-me a deslizar limpando as minhas dúvidas, sendo "vassourinha" para mim...

Obrigada a todos aqueles que aceitam participar neste jogo :D

Por vezes é difícil...


Tenho gente próxima que me esta sempre a dizer: "...até uma certa altura foste educada...agora...é uma falta de respeito..."

Fico triste, mas ao mesmo tempo gostava de conseguir entender...

Não acredito que eu falte ao respeito às pessoas só porque agora me pergunto porquê as coisas são assim e só faço aquilo que para mim tem sentido e recuso-me a seguir a mesma vida que elas...

Isso quer dizer que falto ao respeito? Só porque já não faço as coisas sem perguntar porquê e também porque agora faço as minhas próprias escolhas?

Porque já não vou agarrada atrás e mudei de caminho?

Acredito que as minhas escolhas por vezes possam magoar...mas não é de todo intenção....é difícil ir por este caminho que escolhi fazendo sempre tudo bem...

Ao mesmo tempo não posso deixar de as tomar, porque questiono-me e obrigatoriamente escolho...

E não vejo motivos para não escolher este caminho...será difícil compreender? Se me mostrassem razões para não ir por aqui, ou se me mostrassem um caminho melhor...mas não conseguem faze-lo...e porquê? Talvez porque não haja...

Eu convido: vem comigo...
Mas o convite é rejeitado...e depois diz-me: "...tu queres que eu faça tudo o que tu queres..."
Mas eu só queria um instrumento mais para poder crescer...e só queria que me ajudasse a isso...

Acredito que esta pessoa pense firmemente que eu sou convencida e que penso que um dia vou conseguir mudar o mundo...ela acha que não...mas eu prefiro continuar a acreditar que sim e a tentar, mesmo que fracasse...

E que como já me disse muitas vezes: "... tu um dia vais compreender e ver que as coisas não são assim como tu dizes..."...mas eu sei que mesmo que não sejam como eu digo eu tentarei fazê-las ser assim....convencida? Pensamentos de heroína? Penso que não...apenas uma vontade enorme de tentar mudar e fazer tudo girar com sentido...posso fracassar? Posso não conseguir? Posso...mas se não tentar nunca saberei....

Eu só gostava que está pessoa tivesse uma mente aberta para me entender...que percebesse que o caminho que escolho talvez não seja assim tão errado e que ponderasse o meu convite de vir comigo...

Eu só gostava que ela não me julgasse e que não me achasse uma pessoa horrível à face da terra ...só porque não vou por onde ela vai...

Eu só gostava que ela estivesse comigo...mesmo que não viesse comigo...que estivesse comigo...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Prato Ou Coração?


Tempo de Quaresma será um tempo em que devemos abdicar do nosso pratinho?

Ainda não consegui compreender porque insistem em dizer que o tempo de Quaresma é o tempo em que temos de abdicar de coisas boas do prato e chorar amargamente a Sua morte...

Estaremos a abdicar de coisas impuras para podermos purificar o nosso rico estômago?
Coisa que por acaso até sabemos que não vai durar muito pois passado o tempo de Quaresma lá se vai comer os coelhinhos de chocolate...

Era bom, sim, que todos aproveitassem este tempo de Quaresma para abdicar daquilo que deixa o nosso ser impuro (e não o nosso estômago) e que não fosse algo momentâneo, que apenas dura uns dias...

Era bom que conseguíssemos libertarmo-nos das coisinhas rancorosas para dar espaço a entrarem coisas carinhosas...(até rimou :P)...

No outro dia estive a ver um filme ("Chocolate") que fala precisamente disto.
Relata a história de uma região que se encontra em tempo de Quaresma e onde todos se preparam para fazer sacrifício de mesa, e não de coração...
Até que chega a essa tal região uma jovem senhora "não cristã" (mas que sem duvida sabia amar mais que todos os outros) que vem para abrir a "Chocolaterie Maya". Um estabelecimento requintado de todos os tipos e formas de chocolate.
Quando o Reverendo lá da zona soube da sua presença decidiu ordenar e meter bem metidinho na cabeça de todos os que iam à missinha que estavam proibidos de durante o tempo de Quaresma visitar o estabelecimento da tal senhora...
E é claro que foram muitos os que não resistiram...e só pelo facto de terem ocupado aquele espaço conseguiram-se libertar de tantas coisas: pelo simples facto de conversar com a dona da loja (que os ajudou em muita coisa) e pelo simples facto de "saborearem" a vida com um pedaço de chocolate...

Recomendo o filme...(e aconselho também que é melhor irem bem carregados com chocolate para a sessão se não querem ficar com água na boca...:P)

Comam muito chocolate se isso vos faz feliz!!! (mas cuidado com os excessos :P)
E aproveitem este tempo para serem MAIS...

sexta-feira, 23 de março de 2007

Eu Estou Aqui

Fiz esta apresentação (com fotos que tirei da internet e outras de própria autoria) para poder partilhar a letra de uma música, da qual gosto muito...
Espero que gostem...:)

Só tenho umas coisitas a acrescentar.

A letra diz: "...nem sequer me confundir..."
Concordo, por vezes temos que ter cuidado com aqueles que nos tentam confundir, que nos tentam desviar do caminho, mas ao mesmo tempo, às vezes precisamos criar alguma confusão na nossa cabeça para podermos ordenar e arrumar tudo novamente (é como acontece com o quarto, por vezes precisa estar desarrumado para depois nos dedicarmos a dar uma arrumação e limpeza a fundo, dedicarmo-nos a despejar para o lixo o desnecessário e o que está a mais... :P).

Depois quando diz: "...estou sozinho, mas não desisti..."
Mesmo que sós, mesmo que apenas um... somos sempre necessários; como também um só tijolo faz falta para a construção...
Ao mesmo tempo acredito que ao longo dos tempos temos vindo a crescer em número...
Cada vez mais, nos tornamos menos sós...

E pronto...acho que é só isto que queria acrescentar.
O resto, penso que a apresentação diz por si...


Estou aqui...Ainda aqui...

sábado, 17 de março de 2007

Tic Tac...Tic Tac...


17 anos
204 meses
884 semanas
6574 dias
157776 horas
9466560 minutos
567993600 segundos


Sorrisos criados: alguns, mas não um por segundo...
Poderiam ter sidos mais

Felicidade criada e sentida: alguma, mas não todos os minutos...
Poderia ter sidos mais

Pessoas ajudadas: algumas, mas não uma por hora...
Poderiam ter sidos mais

Anúncio do Evangelho: algum, mas não todos os dias...
Poderia ter sidos mais

Pessoas abraçadas: algumas, mas não uma por semana...
Poderiam ter sidos mais

Projectos construídos: alguns, mas não um por mês...
Poderiam ter sidos mais

Transformações da minha pessoa: algumas, mas não todos os anos...
Poderiam ter sidos mais

Estes serão os resultados dos cálculos no final deste ano...
Claro que isto é tudo visto de uma forma muito negativista mas quando penso nestes números todos que já passaram, neste tempo todo que já passou e nas poucas coisas que fiz com ele...a coisa assusta um bocado...

Como dá para reparar os números são grandes e tendem a crescer cada vez mais...e as coisas que fiz em cada dígito foram poucas...pois poderiam ter sido mais...

Procura a perfeição em cada dígito...

Podes tirar a pilha ao relógio, podes até afoga-lo em águas bem profundas mas o relógio de sol continua quer tu queiras quer não...

Por isso toca a viver mais, sim???

quarta-feira, 7 de março de 2007

Desafio da Amizade


Aqui continua a roda da amizade...

Obrigada amigo João pela passagem...

O desafio é simples: postar um texto sobre a amizade!
Aqui está o meu :)

Amigo…preciso de Ti...

Preciso de Ti para conseguir construir…
Preciso de Ti para me alertares quando os caminhos que percorro não são os melhores…
Preciso de Ti para ter companhia durante a caminhada e não me sentir só…
Preciso de Ti para ter alguém que me levante quando eu cair…
Preciso de Ti para quando anoitecer me ilumines o caminho…
Preciso de Ti para me levares ao colo quando eu me sentir fraca para caminhar…
Preciso de Ti para continuar a ter esperança…
Preciso de Ti para que me ensines a amar os demais…
Preciso de Ti para destruir muralhas…
Preciso de Ti para passar testemunho…

Como vez Amigo…preciso de Ti…
Sozinha faço alguma coisa…contigo faço o dobro…

Existe um Amigo que tenho a certeza de que é fiel...
Deus é AMOR infinito…

Lanço o desafio de continuar a roda da amizade à Ana Clara.

Foto: Artur Franco http://www.olhares.com/afranco

sexta-feira, 2 de março de 2007

Ser Ou Não Ser Eis A Questão...


Uma vez numa aula de filosofia a professora colocou o seguinte argumento:

Se o papa defende que não devemos tomar a pílula, não devemos tomá-la. (1ª premissa)
O papa defende que não devemos tomar a pílula. (2ª premissa)
Logo, não devemos tomar a pílula. (conclusão)

E depois classificou este argumento como um argumento bom para os católicos e mau para qualquer pessoa que não aceite a primeira premissa.

Mas não existem católicos que discordam do que o papa diz?
Tantas coisas que o papa diz que para mim não fazem nenhum significado... são leis que por vezes a igreja tenta impor mas que apenas mostram a igreja como uma "instituição", como uma instituição de autoridade e de riqueza e que apenas se preocupa com que as coisas não pareçam mal e não incomodem ninguém...

Foi então que passado mais ao menos duas aulas desta ter ocorrido (pois andei tentando ganhar "coragem") que fui falar com a professora...disse-lhe que não achava que se pudesse considerar aquele argumento como bom para os católicos, pois então bastaria vir outro papa e dizer que afinal já se pode tomar a pílula e lá vão todos os católicos alterar as suas ideias porque...porque a igreja diz que assim é... (por exemplo, pegando no exemplo da pílula penso que cabe a cada um na sua consciência saber se é correcto ou não faze-lo...não será assim?).

E então ela disse-me que assim não eram verdadeiros católicos...só aqueles que concordam com tudo o que igreja diz é que são verdadeiros católicos...

E eu respondi-lhe que eu era contra muitas coisas que a igreja fazia (coisas que espero um dia conseguir mudar ou melhorar) e no entanto considerava-me cristã...
Quem são afinal os católicos? Aqueles que fazem algo por este mundo tendo Jesus como modelo ou aqueles que simplesmente se comprometem a abanar a cabeça a tudo aquilo que a igreja diz continuando de olhos vendados?

Para mim temos de saber pensar por nos próprios pensando sempre o que será bom fazer para construir caminhada...e não (como muitas vezes a igreja faz) fazer aquilo que nos parece melhor para nós e que em primeiro lugar não nos incomode...

Se calhar o mal de muitas vezes não conseguirmos avançar, seja o facto de as pessoas continuarem a caminhar de olhos vendados...

A quem eu puder...tirarei as vendas....!

Foto: Paulo Madeira http://www.olhares.com/moss

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Humano vs Máquina


Comparando muitas vezes os humanos com máquinas e com coisas materiais reparamos que em muito são parecidos...

No país em que vivemos, muitas vezes, para não dizer todas, quem fabrica o produto só se preocupa que este tenha uma boa imagem e aparência sem se preocupar se o seu trabalho é eficaz e se irá funcionar correctamente. Não tem muita preocupação em evoluir o produto por dentro mas apenas por fora...e porquê? Porque sabe que quem o vai comprar vai ter muita atenção se o objecto é atractivo aos seus olhos, mas mais importante ainda aos dos outros...

E o que acontece com os humanos? Não será algo parecido? Não avaliamos muitas vezes o outro pela sua imagem?

Em vez de se preocuparem em se construirem por dentro e se tornarem mais humanos e pessoas, preocupam-se em serem simples objectos atractivos aos olhos dos outros...Preparam-se bem para que o outro ao passar lhe mande um piropo do género: Oh jeitosa(o) !!! Entre outras coisas...

Acredito que até deva saber bem ouvir tal elogio, (se é que se pode chamar a isto um elogio...) mas se pensarmos o outro está simplesmente a classificar-nos como...um objecto...
E não será bem melhor ouvir um elogio sobre a nossa personalidade?...Na qual ninguém pode ser igual?

E quantas copias, modas, não existem.... Os produtos, esses sim, são feitos muitas vezes em série...quereremos nós ser assim???

Eu falo um pouco contra mim...sei que é difícil deixarmos as coisas materiais e temos muito medo de ser rejeitados pelo outro só porque nos vestimos de verde e isso é feio...(não tenho nada contra o verde...é um simples exemplo...:))

Confesso, já fui muito ligada ao design do meu produto...mas desde que descobri novas maneiras de como posso ser e funcionar...e de como posso ser útil para o outro através das minhas características interiores...o resto tornou-se menos importante...e hoje....sou feliz por isso...inovei!!

E deixa-me que te diga...que sensação de liberdade!!!