Uma vez numa aula de filosofia a professora colocou o seguinte argumento:
Se o papa defende que não devemos tomar a pílula, não devemos tomá-la. (1ª premissa)
O papa defende que não devemos tomar a pílula. (2ª premissa)
Se o papa defende que não devemos tomar a pílula, não devemos tomá-la. (1ª premissa)
O papa defende que não devemos tomar a pílula. (2ª premissa)
Logo, não devemos tomar a pílula. (conclusão)
E depois classificou este argumento como um argumento bom para os católicos e mau para qualquer pessoa que não aceite a primeira premissa.
Mas não existem católicos que discordam do que o papa diz?
Tantas coisas que o papa diz que para mim não fazem nenhum significado... são leis que por vezes a igreja tenta impor mas que apenas mostram a igreja como uma "instituição", como uma instituição de autoridade e de riqueza e que apenas se preocupa com que as coisas não pareçam mal e não incomodem ninguém...
Foi então que passado mais ao menos duas aulas desta ter ocorrido (pois andei tentando ganhar "coragem") que fui falar com a professora...disse-lhe que não achava que se pudesse considerar aquele argumento como bom para os católicos, pois então bastaria vir outro papa e dizer que afinal já se pode tomar a pílula e lá vão todos os católicos alterar as suas ideias porque...porque a igreja diz que assim é... (por exemplo, pegando no exemplo da pílula penso que cabe a cada um na sua consciência saber se é correcto ou não faze-lo...não será assim?).
E então ela disse-me que assim não eram verdadeiros católicos...só aqueles que concordam com tudo o que igreja diz é que são verdadeiros católicos...
E eu respondi-lhe que eu era contra muitas coisas que a igreja fazia (coisas que espero um dia conseguir mudar ou melhorar) e no entanto considerava-me cristã...
Quem são afinal os católicos? Aqueles que fazem algo por este mundo tendo Jesus como modelo ou aqueles que simplesmente se comprometem a abanar a cabeça a tudo aquilo que a igreja diz continuando de olhos vendados?
Para mim temos de saber pensar por nos próprios pensando sempre o que será bom fazer para construir caminhada...e não (como muitas vezes a igreja faz) fazer aquilo que nos parece melhor para nós e que em primeiro lugar não nos incomode...
Se calhar o mal de muitas vezes não conseguirmos avançar, seja o facto de as pessoas continuarem a caminhar de olhos vendados...
A quem eu puder...tirarei as vendas....!
E depois classificou este argumento como um argumento bom para os católicos e mau para qualquer pessoa que não aceite a primeira premissa.
Mas não existem católicos que discordam do que o papa diz?
Tantas coisas que o papa diz que para mim não fazem nenhum significado... são leis que por vezes a igreja tenta impor mas que apenas mostram a igreja como uma "instituição", como uma instituição de autoridade e de riqueza e que apenas se preocupa com que as coisas não pareçam mal e não incomodem ninguém...
Foi então que passado mais ao menos duas aulas desta ter ocorrido (pois andei tentando ganhar "coragem") que fui falar com a professora...disse-lhe que não achava que se pudesse considerar aquele argumento como bom para os católicos, pois então bastaria vir outro papa e dizer que afinal já se pode tomar a pílula e lá vão todos os católicos alterar as suas ideias porque...porque a igreja diz que assim é... (por exemplo, pegando no exemplo da pílula penso que cabe a cada um na sua consciência saber se é correcto ou não faze-lo...não será assim?).
E então ela disse-me que assim não eram verdadeiros católicos...só aqueles que concordam com tudo o que igreja diz é que são verdadeiros católicos...
E eu respondi-lhe que eu era contra muitas coisas que a igreja fazia (coisas que espero um dia conseguir mudar ou melhorar) e no entanto considerava-me cristã...
Quem são afinal os católicos? Aqueles que fazem algo por este mundo tendo Jesus como modelo ou aqueles que simplesmente se comprometem a abanar a cabeça a tudo aquilo que a igreja diz continuando de olhos vendados?
Para mim temos de saber pensar por nos próprios pensando sempre o que será bom fazer para construir caminhada...e não (como muitas vezes a igreja faz) fazer aquilo que nos parece melhor para nós e que em primeiro lugar não nos incomode...
Se calhar o mal de muitas vezes não conseguirmos avançar, seja o facto de as pessoas continuarem a caminhar de olhos vendados...
A quem eu puder...tirarei as vendas....!
Foto: Paulo Madeira http://www.olhares.com/moss
3 comentários:
Tinha prometido que voltaria "aqui" e cá estou! Começo a GOSTAR MUITO deste blog...
Adorei este post!!! E, por acaso, acabei de colocar um post no meu blog em que falo desta mesma experiência.
Achei piada dizeres que a tua professora tinha respondido que "não eram verdadeiros católicos". AHAHAH
Quando eu era miudo o meu avô ensinou-me este refrão: "Quem fala do que não sabe, obriga-se a mentir!"
E é mesmo verdade...
Eu nunca digo de mim próprio que sou Católico. Digo que sou Cristão. Ser Católico significa a pertença a uma Igreja (a católica); ser Cristão significa a pertença a Cristo! É mais correcto mesmo dizermo-nos Cristãos, ainda que integrados nesta Família que chamamos de "Católica". ("Católica" é uma palavra grega que significa "universal").
Obrigado por este post, a sério!!!
Podes contar comigo para te ajudar a "tirar as vendas"...
Também vou dar o meu melhor.
Beijinhos e SHALOM
OLá Ana!
Passei pelo teu blog para te dizer que tenho uma surpresa para ti no meu blog.
Penso que já ouviste falar do ditado que diz: "Amigo do meu amigo, meu amigo é."
É mesmo verdade. Deves estar a pensar : "quem é este?!" e eu respondo-te: eu sou amigo do teu amigo Rui santiago, logo teu amigo.
Gostava também de te dizer que gostei muito da forma como escreves e reflectes sobre as questões da vida. Continua, e eu passarei cá mas vezes!
Um beijinho.
Boa! Vim cá ter de link em link mas valeu a pena. Gostei muito, especialmente deste texto.
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