Tenho vivido experiências fortes de encontro com os outros...
Têm sido experiências que têm exigido muito de mim, e que, às vezes, até chegam a custar, porque nem sempre estamos virados para os outros, há aqueles dias em que viramos tipo borboleta no seu casulo...
E é tão difícil aceitar o contraste, de chegar ao fim de um dia e "discutir-te", estar junto dos que te tratam formalmente...
E é tão difícil aceitar o contraste, de chegar ao fim de um dia e "discutir-te", estar junto dos que te tratam formalmente...
Estou tão cansada e até magoada...
Estou com medo...
Eu acho que eles não sabem falar de ti, não podem saber...
Eu acho que eles não sabem falar de ti, não podem saber...
Conseguem mesmo deixar-me com medo de falar e de chegar a dizer tais barbaridades sobre ti...
É nestes momentos que me apetece deixar as palavras e mostrar-te apenas, abrindo as mãos...
É nestes momentos que me apetece deixar as palavras e mostrar-te apenas, abrindo as mãos...
Mas depois também não tenho vontade de o fazer...
Perco a vontade de tudo...
Perco a vontade de tudo...
Tiram-te todo o sabor...
E tu tens tanto...
Eu acho que tens, eu acredito que tens...
Caramba, porque é esse sabor que me faz mexer...
Caramba, porque é esse sabor que me faz mexer...
E estas coisas todas, pelo contrário, fazem-me querer ficar estática...
Sinto revolta...
Sinto revolta...
Acho que é bom...
Eu SINTO, não estou morta...
Ainda não morri...
Oh Deus, sopra sobre mim e faz com que a Ruah me transforme...
Oh Deus, sopra sobre mim e faz com que a Ruah me transforme...
Molda-me, faz-me de novo...
Faz com que ela me torne forte para desistir...
Faz com que ela me torne forte para desistir...
Que ela me torne forte para ser rebelde e desobediente...
Faz-me CAPAZ...
Faz-me CAPAZ...
E transforma esta vontade de chorar em acções...
Despedaçada...
Despedaçada...
Pega em tudo partido e faz-me de novo... bondade... ao teu jeito...
É tudo gasto com as estruturas...
É tudo gasto com as estruturas...
É tudo gasto com as leis dos homens...
É tudo gasto com tanta formalidade e formatação...
Põe-me de novo a caminho...
Põe-me de novo a caminho...
Faz-me querer voltar...
E obrigada por esta experiência dos últimos dias, de poder dar, de te poder mostrar, sem grandes explicações...
E obrigada por esta experiência dos últimos dias, de poder dar, de te poder mostrar, sem grandes explicações...
Obrigada pela experiência humana que acredito divinizada...
E obrigada pela senhora Helena, que partiu mas deixou comigo o seu olhar. Obrigada por ela sem saber ter partilhado comigo o seu rosto. Sem ter ouvido uma única palavra, guardo o olhar e tudo aquilo que o seu rosto falava.
E andamos nós afinal preocupados com o que?
Abre-me os olhos e põe-me a caminho...
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