terça-feira, 6 de outubro de 2009

Pés de gigante




E hoje, enquanto a noite vem...
Tento lembrar-me das vezes em que fui injusta...
É difícil não se ser injusto...

O que a mim me parece branco ao outro pode parecer muito preto...
O que a mim me alegra ao outro pode provocar um sentimento de completa tristeza...

O que eu sou, não é perfeito...
Não é o ideal...

E é na constante procura do melhor para o outro que nos tornamos a nós mesmos melhores...

Tanto preconceito, baseado apenas em mim...
Tanto julgamento, baseado apenas em mim...
Mas ao fim ao cabo, quem sou eu para fazer seja o que for em meu nome...

Há que procurar a humildade...
Palavra já tão gasta e de sentido tão pouco claro...

Há que procurar a humildade, para vermos no outro um exemplo, alguém que também respira que também sente e que também procura como eu formas de estar...
Há que procurar a humildade, para podermos ver sem escamas nos olhos, para podermos ouvir sem palavras distorcidas, para podermos falar com carinho...

E tudo isto é tão difícil...
Porque não tem forma...
E porque a forma que lhe damos nunca pode ficar apenas por aquela que lhe queremos dar...
Tem de ser moldado por muitos corações...


É preciso muito cuidado para não calcarmos o outro, quando nos julgamos com pés de gigante...

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